Voos EAU-EUA seguem apesar do bloqueio

Os voos entre Emirados Árabes e EUA continuam operacionais apesar do bloqueio do governo dos EUA
O bloqueio do governo que entrou em vigor nos Estados Unidos em 1º de outubro de 2025, mais uma vez destacou o impacto severo que o impasse político pode ter na operação das instituições governamentais. Uma das áreas mais afetadas foi a segurança da aviação e o controle de tráfego aéreo nos Estados Unidos, causando atrasos de milhares de voos em todo o país no segundo dia. No entanto, é uma notícia reconfortante que os voos programados entre os Emirados Árabes Unidos e os EUA não são afetados por esse problema — nem a Emirates nem a Etihad Airlines relataram quaisquer interrupções.
Milhares de atrasos, mas não afetando todos
De acordo com o FlightAware, o serviço de rastreamento de tráfego aéreo nos Estados Unidos, mais de 3.000 voos foram atrasados, com um número excepcionalmente alto no Aeroporto O'Hare de Chicago (mais de 570 voos, mais de 20% do tráfego diário), assim como em Nashville (225 voos, ou um em cada cinco voos). A razão dos atrasos é que a Administração Federal de Aviação (FAA) teve que reduzir o número de voos que chegam por hora em vários aeroportos devido ao bloqueio do governo, pois não havia controladores de tráfego aéreo suficientes disponíveis.
Aeroportos em Atlanta, Houston, Dallas e Newark também foram afetados por esses problemas, causando não apenas dificuldades logísticas, mas significativa frustração para os viajantes. Essas situações podem ser particularmente perigosas para conexões internacionais, especialmente se transferências e conexões forem interrompidas.
Voos da Emirates permanecem sem perturbações
É uma notícia reconfortante que tanto a Etihad quanto a Emirates Airlines confirmaram que seus voos entre os Emirados Árabes Unidos e os Estados Unidos estão operando sem interrupção. A Emirates opera voos diretos diariamente entre Dubai e várias cidades dos EUA (incluindo Nova York, Los Angeles, São Francisco e Houston), enquanto a Etihad opera principalmente de Abu Dhabi para Chicago e Nova York.
Há várias razões para a operação ininterrupta desses voos. Primeiramente, essas companhias aéreas realizam seus voos em seus fusos horários, não necessariamente visando os horários de pico da manhã e da noite nos EUA. Em segundo lugar, para voos internacionais de longa distância, as janelas de tempo de chegada geralmente são pré-negociadas com o controle de tráfego aéreo, tornando-os menos expostos a súbitas carências de capacidade. Finalmente, companhias aéreas estratégicas como a Emirates e a Etihad recebem atenção prioritária de ambos os países, aumentando a probabilidade de que interrupções as evitem primeiro.
Retrospectiva: Lições do bloqueio de 2019
Esta não é a primeira vez que um bloqueio do governo dos EUA afeta a aviação. Em 2019, o bloqueio durou 35 dias, durante os quais mais e mais controladores de tráfego aéreo e inspetores de segurança aeroportuária decidiram não trabalhar devido ao não pagamento. Como resultado, filas aumentaram em vários grandes aeroportos (por exemplo, Miami, LaGuardia) e ocorreram atrasos diários.
Agora, em 2025, um cenário semelhante está se desenrolando, mas parece que as companhias aéreas e parceiros internacionais aprenderam as lições. Emirates e Etihad, por exemplo, planejaram proativamente suas capacidades técnicas e de recursos humanos em caso de atrasos do lado americano.
Riscos de cibersegurança em segundo plano
Além da segurança da aviação, outra área menos visível, mas extremamente séria, é afetada: a cibersegurança. Especialistas em cibersegurança baseados em Dubai já alertaram que, durante um bloqueio do governo, a escassez de mão-de-obra e recursos pode levar a sistemas de TI críticos sendo menos monitorados e mantidos.
Isso pode afetar não apenas o controle de tráfego aéreo, mas alfândega, imigração e outros sistemas governamentais também. Alguns especialistas acreditam que situações como esta aumentam as chances de atores maliciosos (hackers, atacantes estrangeiros) tentarem explorar vulnerabilidades decorrentes do bloqueio.
Por exemplo, se uma atualização do sistema de entrada do aeroporto ou backups de segurança forem interrompidos, isso poderia representar sérios riscos de proteção de dados e serviços. Viajantes dos Emirados não são diretamente afetados por isso, mas a confiabilidade dos sistemas de entrada dos EUA é crucial para todos os passageiros internacionais.
Considerações finais
Embora o bloqueio do governo dos EUA tenha afetado vários aeroportos e milhares de voos, o transporte aéreo direto entre os Emirados Árabes Unidos e os Estados Unidos ainda está funcionando de forma confiável. As companhias aéreas sediadas em Dubai e Abu Dhabi estão fazendo tudo o possível para garantir que os passageiros não experimentem atrasos ou interrupções, e até agora, têm gerenciado a situação com sucesso.
No entanto, é aconselhável monitorar os desenvolvimentos, especialmente se o bloqueio se estender. A incerteza nas operações governamentais não representa apenas riscos administrativos, mas também tecnológicos. A situação atual serve como mais um lembrete de como a aviação, a diplomacia internacional e a segurança digital estão intimamente interconectadas no mundo de hoje.
Para os viajantes, a mensagem mais importante agora é: se você está voando com a Emirates ou Etihad entre Dubai e os EUA, não há razão para preocupação — apenas lembre-se de verificar regularmente as últimas notícias, especialmente se você estiver escolhendo uma rota que envolva transferências.
(Fonte do artigo: Com base em comunicados da Etihad e Emirates Airlines.)
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