Escolas nos EAU endurecem uso de dispositivos

Regras Mais Rigorosas para iPads e Dispositivos Digitais nas Escolas
Escolas nos Emirados Árabes Unidos introduziram medidas mais rigorosas em relação ao uso de dispositivos digitais, particularmente iPads e dispositivos inteligentes, a partir do ano letivo de 2025-2026. O ritmo do desenvolvimento tecnológico e os riscos associados ao espaço online exigiram revisões regulares de políticas pelas escolas. O objetivo das novas regulamentações é garantir o uso apropriado de ferramentas que apoiem a aprendizagem, enquanto oferecem proteção contra o mau uso e ameaças online.
Uso de Dispositivos como Privilégio, Não um Direito
Várias escolas nos EAU adotaram uma política de tolerância zero em relação ao mau uso de iPads e outros dispositivos digitais. Isso significa consequências imediatas para até mesmo a primeira violação, como a revogação de privilégios de uso do dispositivo ou até mesmo a apreensão do mesmo.
Uma escola renomada em Dubai, por exemplo, estabelece expectativas claras desde o primeiro dia de aula. Estudantes de séries inferiores podem usar iPads para aprendizado, enquanto as séries superiores são esperadas a usar laptops, todos estritamente sob supervisão dos professores. Em áreas comuns, como refeitórios ou parquinhos, o uso de quaisquer dispositivos digitais é explicitamente proibido. O objetivo é que conexões sociais reais se desenvolvam entre as crianças durante os intervalos, em vez de passarem esses momentos em um mundo virtual.
Por Que Regras Mais Rigorosas São Necessárias?
Embora a tecnologia tenha se tornado parte integrante da educação na última década, seus aspectos negativos não podem ser ignorados. As escolas relatam que os alunos muitas vezes recorrem a jogar, usar plataformas de mídia social ou acessar conteúdo inadequado fora do horário das aulas. Essas atividades não apenas prejudicam a eficiência do aprendizado, mas também podem representar riscos sérios, incluindo questões de privacidade ou até mesmo bullying online.
Por essa razão, as instituições estão cada vez mais colaborando com os pais. Workshops, sessões informativas e treinamentos de segurança online são organizados para garantir que a educação em casa esteja alinhada com as expectativas da escola. Mais e mais pais reconhecem que a educação tecnológica não é responsabilidade apenas da escola, mas uma tarefa compartilhada.
De Volta ao Básico: Vida Sem iPads
Por exemplo, a Dubai International Academy Emirates Hills tem regulamentos claros para as séries inferiores: o uso de smartwatches e smartphones é proibido. Em vez disso, rastreadores do tipo AirTag são permitidos para alunos que voltam para casa sozinhos. Além disso, o uso de iPads não é permitido antes e depois das aulas, e apps de mensagens estão na lista proibida. A comunicação é garantida pelo pessoal da escola, se necessário, lembrando a todos: havia vida antes das mensagens instantâneas.
Os pais são obrigados a aceitar digitalmente a Política de Uso Aceitável da escola, que restringe explicitamente o uso de aplicativos durante as horas de ensino.
Um Modelo de Controle de Tráfego para Espaços Digitais?
Algumas escolas adotam abordagens ainda mais criativas. A instituição de Woodlem Education, por exemplo, emprega uma regulamentação estilo semáforo para cibersegurança. Consiste em três níveis:
Nível Verde: Primeiro aviso verbal e notificação aos pais.
Nível Laranja: Exclusão de atividades extracurriculares e tempo passado na 'Sala de Reflexão'.
Nível Vermelho: Confisco imediato do dispositivo e suspensão acadêmica, com permissão oficial se necessário.
Este sistema não é apenas consistente, mas claro e bem comunicado aos alunos - eles sabem exatamente o que esperar em caso de infrações às regras.
O Papel dos Pais é Crucial
A Shining Star International School em Abu Dhabi também adota uma política rigorosa de BYOD (Traga Seu Próprio Dispositivo). A escola informa os pais das regras com antecedência, e eles reconhecem oficialmente.
Se uma criança usar o dispositivo inadequadamente - por exemplo, jogando ou conversando - o tablet é imediatamente confiscado e devolvido apenas no final do ano letivo. O acesso à internet, assim, se torna uma recompensa, sujeita a revogação se for mal utilizado.
Além disso, a escola planeja introduzir mais firewalls para aumentar a segurança.
Conclusão
As escolas nos EAU estão enviando uma mensagem clara: o uso de dispositivos digitais não é um direito, mas uma oportunidade fornecida apenas quando beneficia o aprendizado. A presença da tecnologia nas escolas agora é inevitável, mas por causa dos perigos do espaço online, deve ser mantida dentro de limites rigorosos. As novas regulamentações assim aumentam a responsabilidade não apenas dos alunos, mas também dos pais.
À medida que o ano letivo avança, desenvolvimentos e regulamentações adicionais podem ser esperados em relação ao manejo seguro dos espaços digitais. O objetivo claro: encontrar um equilíbrio entre os benefícios de ferramentas educacionais modernas e os riscos do mundo online - criando um ambiente onde o aprendizado está no centro, não a tecnologia.
(O artigo é baseado em declarações de diretores de escolas.)
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